Quem nunca se viu tentado a tomar um analgésico para combater uma dor persistente ou um antitérmico para derrubar a febre antes que ela ganhe força? Essas são práticas bastante comuns. No entanto, o problema é quando as pessoas não seguem as diretrizes para uma automedicação segura.
E é sobre isso que vamos tratar neste artigo. Ao longo das próximas linhas, você vai entender o que são medicamentos sem prescrição, a diferença entre automedicação e autoprescrição e os riscos que essa prática pode oferecer.
Convidamos você a continuar a leitura e conferir também 9 boas práticas para se medicar com segurança e responsabilidade – desde a dosagem precisa até o armazenamento adequado e a prevenção à interação medicamentosa.
O que são medicamentos sem prescrição?
Medicamentos sem prescrição, também chamados de medicamentos de venda livre, são fármacos disponíveis para aquisição em farmácias e drogarias sem a necessidade de receita médica.
Projetados para tratar condições de saúde leves e autolimitadas, esses medicamentos abrangem analgésicos, antitérmicos, antiácidos e outros destinados ao alívio de sintomas comuns.
Geralmente considerados seguros quando usados conforme as instruções do médico e do fabricante, eles oferecem uma opção acessível para a automedicação em situações não emergenciais.
No entanto, é crucial obedecer às dosagens recomendadas, ter ciência de possíveis interações medicamentosas e, sempre que necessário, recorrer à orientação profissional para garantir a utilização segura e efetiva desses medicamentos.
Automedicação x autoprescrição: qual a diferença?
A automedicação refere-se à prática de utilizar medicamentos sem orientação profissional, baseando-se na própria decisão ou em informações não especializadas. Em contraste, a autoprescrição envolve a escolha e administração de medicamentos por uma pessoa com algum conhecimento médico para si mesma ou para outros.
Ambas envolvem o autotratamento e são práticas que exigem cautela.
9 consequências da automedicação imprudente
Existem algumas limitações da automedicação que precisam ser ponderadas. Essa prática, quando conduzida de maneira imprudente, pode acarretar diversas consequências negativas para a saúde.
Destacamos abaixo os principais riscos associados à automedicação.
- Reações adversas e efeitos colaterais: podem ocorrer especialmente se a dosagem for inadequada ou se houver interações medicamentosas não identificadas.
- Má administração de dosagens: pode causar o subtratamento, em que a condição não melhora, ou a superdosagem, aumentando o risco de intoxicação e efeitos colaterais graves.
- Resistência antibiótica: o uso indiscriminado de antibióticos contribui para a resistência bacteriana, o que compromete a eficácia desses medicamentos.
- Atraso no diagnóstico: automedicação irresponsável pode ocultar sintomas de condições subjacentes, retardando o diagnóstico preciso e o tratamento adequado.
- Complicações de saúde: o tratamento inadequado pode levar a complicações de saúde, piorando os sintomas e aumentando o tempo de recuperação.
- Má gestão de doenças crônicas: pessoas com doenças crônicas que se automedicam podem enfrentar dificuldades na gestão dessas condições, com repercussões graves para a saúde a longo prazo.
- Dependência: algumas substâncias, mesmo as disponíveis sem prescrição médica, têm potencial de causar dependência.
- Problemas digestivos: certos medicamentos, como anti-inflamatórios não esteroides (AINEs), podem causar irritação gástrica, úlceras e outros problemas digestivos se usados de maneira imprudente.
- Interpretação equivocada de sintomas: auto diagnosticar e tratar sintomas sem conhecimento médico adequado pode levar a interpretações equivocadas, resultando em escolhas de tratamento inadequadas.
Automedicação segura: 9 dicas para um uso mais responsável
A segurança na automedicação exige uma abordagem consciente para garantir que os benefícios dos fármacos escolhidos superem os riscos.
Aqui estão algumas das melhores práticas a serem seguidas:
1 – Leia a bula atentamente
Antes de tomar qualquer medicamento, leia atentamente a bula para entender a dosagem correta, efeitos colaterais e contraindicações. Ela fornece informações cruciais para um uso seguro.
Não aumente ou diminua as doses sem orientação.
2 – Consulte um profissional de saúde
Sempre que possível, converse com um profissional de saúde antes de iniciar o uso de qualquer medicamento, mesmo aqueles de venda livre. Eles podem oferecer orientação específica com base em seu histórico médico e nos sintomas apresentados.
3 – Conheça os sintomas
Tenha um entendimento claro dos sintomas que está tentando tratar. Isso ajuda na definição do fármaco mais apropriado e evita o tratamento inadequado de condições mais graves.
4 – Evite combinações desconhecidas
Evite mesclar medicamentos distintos sem a devida orientação, pois isso pode desencadear interações medicamentosas nocivas. Informe sempre seu médico ou o farmacêutico sobre todos os medicamentos que você administra hoje em dia.
5 – Avalie riscos e benefícios
Avalie os riscos e benefícios de cada medicamento. Considere fatores como idade, condições de saúde preexistentes e possíveis efeitos colaterais.
6 – Não ignore sintomas persistentes
Se os sintomas persistirem, não se automedique indefinidamente. Busque a orientação de um profissional de saúde para que ele conduza uma avaliação mais minuciosa e dê um diagnóstico preciso.
7 – Faça o armazenamento adequado
Guarde os medicamentos em locais corretos, protegidos da luz e da umidade – além de armazenados fora do alcance de crianças. Descarte medicamentos que passaram do prazo de validade de maneira segura.
8 – Monitore os efeitos colaterais
Mantenha-se atento a qualquer efeito adverso e informe imediatamente um profissional de saúde se ocorrerem reações indesejadas ao medicamento.
9 – Atente-se a medicamentos com potencial de dependência
Se estiver usando medicamentos que podem causar dependência, como analgésicos opioides, siga estritamente as instruções e não hesite em procurar ajuda se perceber sinais de dependência.
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