Pessoas com problemas para dormir podem utilizar a melatonina para obter o descanso desejado.

De acordo com a Associação Brasileira do Sono (ABS), 73 milhões de pessoas sofrem com insônia no país atualmente. Isso inclui todos os graus do transtorno, desde as menores dificuldades para dormir até as situações mais severas que proporcionam noites em claro. Por isso, a procura por melatonina de qualidade aumentou vertiginosamente neste período. O hormônio do sono promete ajudar quem precisa descansar, mas está com dificuldades.

O hormônio do sono: entenda o que é a melatonina e como ela age

A melatonina é um tipo de suplemento hormonal que ajuda a regular o sono das pessoas. Isso quer dizer que ela atua diretamente no ciclo circadiano de cada um. Este é o ciclo que estabelece o “relógio biológico” do ser humano, o qual inclui os momentos de sono e o metabolismo.

No entanto, a melatonina só é produzida com a ausência de luz e, por isso, a presença constante de telas iluminadas diante da visão atrapalha o descanso durante a noite. Fora isso, a própria produção orgânica dessa substância diminui com o envelhecimento do corpo. O estresse, a depressão e ansiedade, além de outros fatores emocionais, podem atrapalhar a geração dela também.

Sendo assim, a ingestão de melatonina como forma de suplemento pode ser uma saída interessante e eficiente para pessoas que sofrem com as dificuldades para pegar no sono. Esses fármacos podem ser adquiridos sem prescrição médica, mas é importante procurar um especialista para passar o tratamento correto e analisar como está a produção do hormônio na glândula pineal.

Como funciona a utilização da melatonina como suplemento

Vale destacar que existem alimentos que são capazes de produzir e fornecer melatonina para o organismo. Banana, laranja, nozes, arroz integral e vários outros podem fornecer o hormônio para as pessoas. No entanto, a quantidade é pouca e a absorção não é tão eficiente quanto se espera.

Por isso, uma das melhores maneiras de ingerir esse tipo de substância é através de complexos produzidos em laboratório, que contém ela isolada. Existem pastilhas sublinguais, sachês e cápsulas. Um especialista no assunto é o profissional mais indicado para dizer qual é o formato ideal no seu caso.

Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a dose máxima permitida em cada suplemento é de 0,21 mg, sem necessidade de apresentar receita médica. Com tudo, pessoas que precisam de doses maiores podem obter outros medicamentos mais potentes através do receituário padrão.

A utilização da melatonina não costuma apresentar efeitos colaterais nas pessoas. No entanto, você deve sempre seguir as orientações que estão na bula do fabricante e aquelas que foram passadas pelo médico. Isso porque a superdosagem pode causar efeitos adversos como pesadelo, sonhos realistas demais, fadiga, sono exagerado e aumento de depressão. Esses efeitos adversos foram constatados de forma rara e apenas em pessoas que abusaram do hormônio, sem seguir qualquer norma de segurança.

É importante realizar prática de atividade física, reeducação alimentar e outros processos saudáveis na rotina para garantir uma noite de sono adequada. Não é aconselhável tomar melatonina de forma contínua, mas apenas em situações específicas.